A oficina utilizou um método que faz parte da primeira ação do GDF para implementação do Espaço Empreende Mais Mulher /Fotos: Divulgação
A abordagem escolhida permite a solução dos problemas de forma coletiva, colaborativa e gera empatia entre as partes interessadas.
Agência Brasília
Com o objetivo de estruturar o atendimento das mulheres vítimas de violência doméstica que querem oportunidade de autonomia financeira e procuram os órgãos do GDF, a Secretaria da Mulher do Distrito Federal promoveu, na manhã desta quarta-feira (29), uma oficina de planejamento para atendimento das mulheres em situação de vulnerabilidade no Distrito Federal.
O método aplicado, conhecido como Design thinking, faz parte da primeira ação da Secretaria da Mulher para implementação do Espaço Empreende Mais Mulher. A ferramenta possibilitou aos participantes da oficina desenvolverem boas ideias e reflexões para abordar problemas relacionados a informações, métodos e ao atendimento, além de proporcionar a oportunidade de analisar as propostas de soluções para possíveis situações desfavoráveis na execução do novo projeto.
“Muitas vezes acompanhamos mulheres que sofrem violência patrimonial e que não denunciam, não abandonam esses relacionamentos abusivos por não terem autonomia financeira”, expôs, durante o evento, a secretária da Mulher, Ericka Filippelli. “É muito difícil que uma mulher em situação de fragilidade social faça escolhas para melhorar a sua vida, e esse espaço veio para oferecer à mulher do DF uma oportunidade de fazer escolhas. É o Estado dando às mulheres essa oportunidade”.
Desafios
Foram 20 servidores participantes, dentre eles profissionais que atuam nos entidades responsáveis pelo atendimento às mulheres em situação de violência na região de Ceilândia e Taguatinga, tais como Núcleo de Apoio às Famílias e aos Autores de Violência Doméstica (NAFAVD), Centro de Atendimento à Mulher (Ceam), Centros de Referência de Assistência Social (Creas), Programa de Pesquisa, Assistência e Vigilância à Violência (PAV) e Defensoria Pública, além de integrantes das secretarias de Trabalho e da Mulher, envolvidos com a implementação do projeto Empreende Mais Mulher.
“Nós devemos partir do sentimento e da necessidade de cada mulher que chega aos equipamentos de acolhimento do GDF, e vamos trabalhar para que as vítimas de violência doméstica, que estão em situação de vulnerabilidade, tenham instrumentos para se recuperar”, declarou a consultora em empreendedorismo feminino Adriana Rodrigues, participante da Rede Mulher Empreendedora e do Grupo Mulheres do Brasil. “Empreender pode ser uma saída exitosa”.
Para a servidora Lara Borges de Souza, psicóloga, o maior desafio diário no atendimento às mulheres vítimas de violência é o resgate da sua autonomia. “Muitas vezes, elas não percebem a capacidade de se superar, porque ficam paralisadas no meio de um redemoinho que é a vida de uma mulher em situação de vulnerabilidade”, ressaltou.
As atividades desenvolvidas durante a oficina de qualificação dos servidores, que terá outras edições, vão ajudar na inserção do projeto da Secretaria da Mulher em outros órgãos do GDF. Também será feita parceria com algumas instituições privadas, como Rede Mulher Empreendedora, Avon e Universidade Católica, entre outras.
“Essa foi uma excelente oportunidade que construir a porta de saída para as mulheres que se encontram em situação de violência por não terem autonomia econômica”, avaliou a subsecretária de Políticas Públicas para as Mulheres, Mariana Meirelles. Ela informou que, por meio do Empreende Mais Mulher, serão criadas algumas rotas específicas, como as de desenvolvimento da ação empreendedora, de empoderamento feminino e profissional.
* Com informações da Secretaria da Mulher
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